Quanto vale um detalhe em uma matéria? A resposta fica com Ricardo Noblat
E mais fácil acreditar em uma historia se ela for contada em detalhe. Se conto que cinco jovens jogaram álcool sobre um índio que dormia em um ponto de ônibus e depois atearam fogo nele, a historia se tornara mais crível se eu responder a seguintes perguntas
Qual a idade de cada um dos cinco jovens?
Eles sabiam que aquele homem era um índio?
De onde tiraram o álcool jogado sobre o homem?
Quantos litros de álcool despejaram?
Foi com fósforo ou isqueiro que atearam fogo?
Se foi com fósforo, quantos palitos usaram?
O que cada um dos jovens fez em seguida?
Eles ou alguns deles tinham cometido algum crime antes? Que crimes?
Por que o índio dormia em um ponto de ônibus? Quem era ele?
Alguém o socorreu? E como o socorreu?
Durante quantas horas o índio agonizou?
Quantas horas se passaram desde a entrada no hospital ate o momento da morte?
Ele sentiu dores enquanto agonizava?
Foi atendido de imediato pelos médicos quando chegou ao hospital ou teve de esperar Quanto tempo esperou?
Ele falou alguma coisa antes de morrer? Falou o que? Com quem?
No caso do índio Galdino, que morreu queimado em Brasília, o detalhe sobre a quantidade de álcool despejada sobre seu corpo foi vital para condenar os assassinos a uma pena maior. Se eles tivessem usado pouco álcool, poderia ter prevalecido a tese de seus advogados segundo a qual tudo não passara de uma brincadeira de péssimo gosto para assustar o índio. Mas eles molharam o corpo do índio com um litro de álcool. E nem sequer socorreram quando o fogo se alastrou (pagina 42-43)
E mais fácil acreditar em uma historia se ela for contada em detalhe. Se conto que cinco jovens jogaram álcool sobre um índio que dormia em um ponto de ônibus e depois atearam fogo nele, a historia se tornara mais crível se eu responder a seguintes perguntas
Qual a idade de cada um dos cinco jovens?
Eles sabiam que aquele homem era um índio?
De onde tiraram o álcool jogado sobre o homem?
Quantos litros de álcool despejaram?
Foi com fósforo ou isqueiro que atearam fogo?
Se foi com fósforo, quantos palitos usaram?
O que cada um dos jovens fez em seguida?
Eles ou alguns deles tinham cometido algum crime antes? Que crimes?
Por que o índio dormia em um ponto de ônibus? Quem era ele?
Alguém o socorreu? E como o socorreu?
Durante quantas horas o índio agonizou?
Quantas horas se passaram desde a entrada no hospital ate o momento da morte?
Ele sentiu dores enquanto agonizava?
Foi atendido de imediato pelos médicos quando chegou ao hospital ou teve de esperar Quanto tempo esperou?
Ele falou alguma coisa antes de morrer? Falou o que? Com quem?
No caso do índio Galdino, que morreu queimado em Brasília, o detalhe sobre a quantidade de álcool despejada sobre seu corpo foi vital para condenar os assassinos a uma pena maior. Se eles tivessem usado pouco álcool, poderia ter prevalecido a tese de seus advogados segundo a qual tudo não passara de uma brincadeira de péssimo gosto para assustar o índio. Mas eles molharam o corpo do índio com um litro de álcool. E nem sequer socorreram quando o fogo se alastrou (pagina 42-43)
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