sábado, 18 de abril de 2009

Um surdo no reggae

Há duas sextas-feiras, encontrei um surdo no reggae. Era um homem que estava sozinho dançando estimulado pela vibration do reggae. Dançava bem, em uma mão o copo descartável e na outra a garrafa de cerveja.

Às vezes, olhava para ele, ele fazia o mesmo. Ele tinha bem mais ritmo que o rapaz que estava com minha amiga. Éramos um grupo de três, e ele só. Muito tempo depois, o moço veio falar comigo e que surpresa: é surdo. O nome dele é Sandro. Um cara legal.

Já fiz o curso de LIBRAS-Língua Brasileira de Sinais, mas não tenho fluência. Havia uma barreira entre nós. Oferecia cerveja a mim e minha amiga, tentávamos falar-lhe que já haviamos bebido o bastante. Ele por sua vez insistia. Nós recusamos. Até que minha amiga aceitou uma cachacinha, eu e ela. Ele ingênuo deu R$15,00. Dissemos que era muito dinheiro. Pegamos a cédula de R$5,00 e devolvemos o troco.

A comunicação não aconteceu. Minha parceira descobriu que o nome dele é Sandro. Na minha presença ela fez um sinal para Sandro-que eu lembrei. Dizia que eu era bonita. Eu disse: "Para com isso!"

É uma história para contar. Não "fiquei" com ele. Fica uma historinha. Se você olhar alguém dançando muito em alguma festa, pode ser um surdo ou uma surda. Alguns ouvem, de qualquer forma sentem a vibração, literalmente

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