terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O multifacetado Romance de Guel Arraes

Quem deseja encontrar um filme que traga romance, drama, comédia e ainda funcione como metáfora pode assistir ao filme Romance.

A produção é nacional dirigida pelo Guel Arraes que dispensa apresentações, (para os desmomeriados, ele orquestrou O Auto da Compadecida). Na telona, o romance é protagonizado pelo casal interpretado por Wagner Moura e Letícia Sabatella. O elenco também conta com Andréa Beltrão, José Wilker, Vladimir Brichta e a participação de Marcos Nanini.

Uma direção e roteiro que surpreendem! A narrativa começa com os dois atores jovens que misturam suas vidas com a ficção. Na montagem teatral de Tristão e Isolda, eles se apaixonam. O espectador do cinema é transportado para a magia do teatro. Na película, amor entre um homem e uma mulher e o amor pela arte, melhor, dizendo pelo teatro. A peça lembra Romeu e Julieta, Shakespeare.

A Tv os separa. Um famoso diretor de Televisão contrata a atriz, Ana, que fazia a Isolda para uma novela, depois outra, mais outra... Novela no Rio e teatro em Sampa tornam-se inconciliáveis. Ela opta pela telinha e ele, Pedro, fica com o teatro.

Depois de um longo tempo, eles se reencontram. Ele agora ira dirigir uma espécie de minissérie para a televisão e ela interpetrará uma personagem. Ele um apaixonado pelo teatro fazendo televisão, e tentando fugir dos clichês e dos modelos.

Os diálogos são interessantíssimos. As cenas de gravação de telenovelas evidencia certo artificialismo o qual faz rir e também pensar. Romance versa e prega um amor ao teatro. A dramaturgia começou lá. Discute-se aqui também televisão, o fazer televisão. Tudo isso num filme sem grandes badalações, mesmo com atores globais. Um filme que chega quase no final de 2008, ano que não superou em números de longas lançados nem bilheteria de cinema nacional de 2007.
O que me levou ao Romance

Liguei para uma amiga e disse: “Vamos ao Cinema?!”. “Assistir qual filme?”interrogou ela. E eu “Romance! Um filme brasileiro com Wagner Moura e Letícia Sabatella”.Lembrei da sinopse e falei a ela. “Então vamos”, respondeu ela. Fomos. Quando cheguei ao Box, comprei meu ingresso, minha meia. Fiquei a espera da companheira de cinema. Quando ela chegou não havia mais ingresso. E eu “como assim!?” não acreditando no fato. Filme brasileiro, um filme sem grande estrondo! Minha amiga comprou um ingresso para comprar Ultima Parada 174, outro brazuca. Íamos cada uma para uma sala, mas perdi meu ingresso. Comprei outro e fomos assistir ao filme.

Voltei na segunda-feira, mais curiosa, para me deliciar com Romance. Compramos o ingresso, pipoca e refrigerante. A sessão lota de novo. O filme merece!
Aqui o link do site e blog do filme. Muitas fotos, textos, vídeos e músicas.

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