segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Um fragmento de Poema Sujo

Poema Sujo

O homem está na cidade
como uma coisa está em
outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade

Mas variados são os modos
está em outra cidade:
o homem , por exemplo, não está na cidade
como uma árvore está em qualquer outra
nem como uma árvore
está em qualquer uma de suas folhas
(mesmo rolando longe dela)


O homem não está na cidade,
como uma árvore está num livro.
Quando um vento alia folheia.

A cidade está no homem
mas não da mesma maneira
que um pássaro está numa
árvore
Não da mesma maneira que um pássaro
(a imagem dele)
está/va na água
e nem da
mesma maneira
que o susto do pássaro
está no pássaro que eu
escrevo

A cidade está no homem quase como a árvore que
voa
no pássaro que a deixa.

Cada coisa está em outra
de sua própria maneira
e sua maneira distinta
e de como está em si mesma.

A cidade não está no homem
do mesmo modo que em suas
quitandas, praças e ruas.



O homem e sua relação eterna e íntima com a cidade. O homem pertence à cidade e a cidade pertence ao homem, é o pertencimento! Encontrei esse fragmento em uma das minhas antigas agendas! Divido agora com vocês!


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