quarta-feira, 5 de setembro de 2007



Nunca havia refletido sobre o ser pãe, apesar do termo fazer parte do nossa vida e nosso vocabulário. Essa palavra, em geral, refere-se às mulheres que supostamente exercem o papel de mãe e pai, daí pãe.


Digo pãe e a impossibilidade de sê-lo de acordo com a incoerência desse discurso. A mulher pode exercer o papel de mãe, mas não o de pai. A mulher já galgou tantas posições (e ainda tem outras) que acredita que pode ser mãe e pai. E não pode! Ela pode sim ser uma profissional competente, a dona de casa esforçada, e mãe /educadora que cuida do filho sem a parceria do companheiro e que nem divide as múltiplas tarefas com ela. Ela pode ser uma supermãe, a mãe heroína ou uma grande mãe/mãezona, entretanto pai não, por mais que a responsabilidade educacional sobre o filho recaía mais ou apenas nela.


As mães, comumente, chamadas de pães são esteios de família. Trabalham, cuidam do/a(s) filho/a(s) e da casa, e se tornam chefe da casa… mil e uma tarefas e responsabilidades, tanto no trabalho quanto no lar. Muitas vezes sem uma parceria, mesmo com um homem ao lado, machista que acha que as coisas de casa são estritamente femininas, trabalha fora, a mulher também, todavia não considera o fazer em casa, é macho, não homem… um imbecil!


Quando há a separação familiar, na maioria dos casos, o/a(s) filho/a(s) fica(m) na guarda da mãe. Pior é se a mãe se considera auto suficiente para ser mãe e pai.A arrogância, a prepotência, a mesquinhez, a falta de bom senso e o egoísmo são elevados ao cubo se a mulher adere a produção independente. Ela acredita que pode ser Pãe (pai+mãe) e desmerece a importância do homem/pai. Ela quer um filho, e acha que é normal para isso pegar um espermatozóide ou … para ter o baby. Uma criança sem pai, sem pãe, só com a mãe, uma equação incompleta.


Eu não sou tradicionalista, nem puritana, sou feminista e sou da opinião de que filho/a merece família-pai e mãe, avós, tios…, pode ser inclusive homossexuais em que os papéis precisam ser exercidos. Planejamento familiar não é só a vontade de ter filho ou financeiro, mas é especialmente psicológico.


Pode parecer moralista, não é meu tipo,contudo considero um crime as mulheres que engravidam de produção independente (por opção), nem revelam aos filhos quem é o pai. Ignoram que o homem/pai é tão importante quanto a mulher/mãe nesse nobre e produtivo desafio de educar um/a filho/a. O ideal seria que a influência e a participação dos pais[pai/mãe] fosse equivalente, não como hoje em que a mulher tem participado mais, ao tal ponto que já se considera que pode ser pai também. E não pode!Na minha formação, a minha mãe exerceu a maternidade até mais do que devia, e meu pai se eximiu quando fui crescendo . Ele deve ter ficado com medo da mulher que havia dentro de mim. Há pouco tempo ainda chamava minha mãe de pãe, hoje sei que ele nunca foi, mas foi uma super mãe, fez tudo que eu queria (erro dela, rs), uma mãe curujissíma. Minha mãe… meu pai estava lá , sempre lá. Quando era pequena, bem pequena, bebê, chamava por ele, meu pai, eu passava mal, meu pai. Não dizia “Mã, mã”, era “Pa, Pa”, Depois ele sumiu, tanto que eu esqueci dele, mesmo ele sempre morando na mesma casa.


O espaço dele ficou um pouco vazio. Meu pai chegou a ser meu pai no momento mais crucial da minha vida, na minha infância. Na adolescência, ele sumiu. E depois foi exercendo o papel de pai erradamente. Cresci, sou de ferro, ele foi importante, poderia ser mais, se fosse mais pai, amigo, companheiro e inteligente. O primeiro homem da minha vida, me teve nas mãos, chamava por ele numa fase que estava aprendendo a pensar e a falar. Meu pai é um bobo, contudo sem ele minha vida seria outra.. Enfim, os homens /pais são fundamentais para os filhos, e não são as mulheres que podem fazer esse papel, apenas o de mãe que não é pequeno

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