quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A dita Europeidade dos Negros!

Por Liliam Freitas


Pois é, os negros também têm europeidade. É a novidade! A dita Europeidade dos negros ou afro-descendentes tem sido propagada pela imprensa tupiniquim crente que raça realmente não existe. Sendo assim é divulgadora da grande descoberta dos geneticistas brasileiros de que raça não existe, em especial num país miscigenado. Descoberta que vem agora no auge da discussão de políticas afirmativas (Suspeito, não?!). Sendo assim os negros não são mais negros, então são…europeus né?! Portanto, é impossível dizer quem é negro num caldeirão étnico e miscigenado denominado Brasil.


Por isso não há razão mais para as políticas para negros!Não foi sem motivo que nessa onda, o Jornal Nacional veicula testes de DNA feito com Daiane dos Santos e Neguinho da Beija Flor e mostra que os dois negros são 60% europeus. Agora faltou o serviço completo: certificados a eles e aos outros milhões de negros para talvez evitar que eles sejam discriminados por serem negros, agora com essa exposição eles também são brancos.

Nessa linha, a doutora Sueli Carneiro afirma:“Talvez uma contribuição concreta que geneticistas poderiam dar nesses casos fosse seus institutos ofertarem um certificado de ascendência européia a todos os que parecem negros mas, segundo a genética, não são. Poderia ser uma espécie de crachá no qual viriam descritas as porções, sobretudo a européia, de cada um de nós, a ser apresentado junto com os demais documentos exigidos nos processos de seleção das empresas ou nas revistas policias e demais situações sociais em que, por engano, sejamos tratados como negros”. Não há raça nem negros do Brasil. A Imprensa Tupinquim, de facto, é fogo, é pólvora.

E a Ascendência indígena, ninguém fala? Será que não dá IBOPE como a tal europeidade? Ou será que o negro não tem sangue índio? A imprensa e sua genética podem responder! derivado de europeu, Indigenidade é de índios.
As Políticas Afirmativas não negam a miscigenação, negá-la seria burrice. Contudo, não quer dizer que inexistem branco, negro e índio, isto é, brancos miscigenados e não-brancos idem. O preconceito continua, pouco importa para o racista ou a sociedade brasileira se o negro tem ou não ascendência ou descendência branca, pois o visível é o fenótipo, e esse é africano! Quem sabe o próximo passo seja verificar de que parte da Europa venha essa Europeidade, pois vão torcer para que não seja lusitana!

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