quarta-feira, 28 de junho de 2006

O que a gente ler !!!
O texto “As CPIs dos Plural” (vide abaixo) o qual traz como protagonistas o professor Delúbio Soares e o sociólogo Silvinho Pereira como seus atropelos de plurais durante a CPI parece bem tramado e articulado.Entretanto é incoerente .Por que incoerente ??Respondo:O fato dos altos dirigentes de um partido repleto de intelectuais,como o próprio texto afirma,transgredir(em) os plurais a toda hora e com naturalidade como “Os companheiro acabaram” e os cargos foi para o pt” não significa que a dupla não sabe(saiba) falar português.
O que é falar português?O que é o Português? Para esta sentença conclusiva(A DUPLA Delúbio e Silvinho não sabe falar português )se sustentar.só no raciocínio débil de se aceitar apenas e somente só a Norma como a Língua Portuguesa,e logo as transgressões a ela como um atentado .É necessário que se diga a Norma faz parte de um conjunto maior que é a Língua.
Além disso,as transgressões à Norma são normais,ainda mais se for analisado o contexto em que eles estavam(na CPI,depondo sob pressão dos digníssimos parlamentares que queriam mostrar serviço à sociedade via TV).Imagina!Eu iria gaguejar,além dos plural!
Concordo com a ressalva colocada no texto que não se deve discriminar ou desqualificar alguém pelo fato de falar mal sua própria Língua.Faço uma ressalva dentro dessa ressalva para aceitá-la: “Falar mal a sua própria língua ” não seria exato,e sim a Norma de prestigio(a culta).A boa instrução(a Norma Culta faz parte dela) não está ao alcance de todos nesse país,a dupla é uma exceção.quando a ignorância é proporcional à falta de acesso ao conhecimento,portanto é justo que seja relevada.No caso da dupla,ao contrario do que o texto prega,também deve ser relevada,Delubio e silvinho estavam numa sessão de CPI.Os ditos “erros”se constituem uma concepção dentro da própria norma,fora dela não existem.Afirmar, aliás concluir que o professor e o sociólogo não sabem falar português é demais,na verdade,de menos,é uma falácia.Na oralidade, “os erros” ou deslizes são normais,são regras quando a pressão,muitas vezes,predomina,é até ridículo um texto como esse seguir uma linha de alto risco como essa.
Acerca De Lula que também é arolado no texto: “As CPI têm de funcionarem,As CPI têm de apurarem”,é freqüente na oralidade.Qual a diferença entre tem e têm quando se oraliza?O povo fala assim!Ou não? Vai se dizer que o povo não sabe falar a língua ?!Oh a Lingüística!Oh a variedade lingüística!Estudou Lingüística? È preciso!E Psicologia?
O Texto pode ser(deve) revisto dentro de uma abordagem fora da Norma Culta(Argttt!!).Um melhor prisma seria dentro da Lingüística e da Psicologia!É só pontuar a variedade da Língua(fugir da Opressão da Norma) e situar o momento dos falantes em especial os da CPIs.Será que teve alguém lá que passou sem cometer o que os puristas diabolizam de “erro”?
“A Língua é uma instituição,é preciso respeitá-la” Ok!Contudo é uma insanidade dizer que “os erros” cometidos por essas pessoas é como urinar em via pública.A Língua não é só a Norma,ou seja,transgredir a Norma não implica desrespeitar a Língua.
Singular a ligação evidenciada pelo texto do tratamento da Língua em dialogo com o do dinheiro público.Só que a concepção de Língua adotada é pobre,restrita,elitista e preconceituosa.O Descuido com as palavras em certos momentos é inevitável como aconteceu com Delúbio e Silvinho.Daí construir a ponte com os descuidos de princípios.....não sei não!!
Acertado o que fora escrito sobre o discurso falho(até desesperado) do Lula acerca dela, a sempre elite.Houve até pérolas como: a elite do próprio do Lula(?) e Sarney,imperador do Maranhão(!).
A conclusão do maltratamento da Língua e do dinheiro publico,considero só o segundo(é inegável).Se for concordar com o da Língua,serei purista e não levarei em conta o estado emocional e psicológico do Delubio e do Sivinho na CPIs e do próprio presidente Lula em mais um de seus discursos.Além de dizer por extensão que mais da metade da população brasileira maltrata a língua,o que não é verdade,há uma variedade,é diferente.

Foi o que eu escrevi a Fiuza nos dias 13 e 15 de março desse ano "Minha resposta a seu abaixo!!!Responde esse email Fiuza!!!Vai!!Tô esperando!!!"Estou até agora esperando!!!


As CPI dos plural


27.07.2005 Delúbio Soares é professor, Sílvio Pereira é sociólogo, formado pela PUC de São Paulo. Ambos cuidam bem da aparência, do corte do cabelo ao do terno, tornaram-se altos dirigentes de um partido repleto de intelectuais, transitam há anos entre os círculos mais esclarecidos da sociedade. O Brasil não deve ter entendido nada quando a dupla abriu a boca na CPI e mostrou que não sabe falar português.O sociólogo Silvinho, com sua cara de menino educado e todo seu currículo no partido de Marilena Chauí e Antonio Cândido, atropela os plurais a toda hora e com grande naturalidade. Nos primeiros “os companheiro acharam” e “os cargos foi para o PT” ainda parecia um tropeço casual. Mas logo se viu o que se confirmaria fartamente no depoimento do colega Delúbio: a dupla tem total desprezo pelas regras de concordância.Não se deve discriminar ou desqualificar alguém apenas pelo fato de falar mal sua própria língua. A boa instrução não está ao alcance de todos. Quando a ignorância é proporcional à falta de acesso ao conhecimento, portanto, é até justo que seja relevada. É isto o que intriga nos casos de Silvinho, Delúbio e outros mandachuvas do PT. Graduados, diplomados, com décadas de convivência com os extratos mais cultos da política e da academia, como podem ter mantido a delinqüência verbal?Como não é, evidentemente, um caso de ignorância, a provável explicação pode estar no terreno do desleixo. E aí surge o aspecto relevante desse problema aparentemente apenas formal: a língua é uma das instituições básicas da comunidade, e respeitá-la significa, também, um sinal de respeito a esta comunidade. Um comportamento de descaso com a língua pode se parecer, em termos de sentido de coletividade, com a atitude de urinar em via pública.Assim como a língua e a rua, o dinheiro está também entre as instituições básicas da comunidade. E aí a falta de cerimônia dos dirigentes petistas com as regras do português sugere um claro parentesco com sua forma de lidar com o dinheiro público. Delúbio, Silvinho e companhia não parecem ser ladrões. Talvez apenas vejam os cargos, os contracheques e os orçamentos estatais com a mesma sem-cerimônia com que sonegam um “s” no final de algumas palavras. Deixa pra lá, não vai fazer falta.É provável que eles mesmos estejam assustados com toda essa confusão, apenas porque trataram as concorrências públicas como tratam a concordância verbal. Devem estar pensando: fizemos só um xixizinho na árvore da praça, e querem nos prender por causa disso. E aí não adianta pedagogia. Dificilmente um sujeito que acha normal transformar um metro quadrado de via pública em seu banheiro particular, vai compreender o problema de usar uma fração de orçamento público em favor de sua atividade privada.Neste contexto, o mais preocupante é acompanhar os últimos discursos do presidente Lula. Em recente evento na Fundação Oswaldo Cruz, diante das câmeras de TV, ele declarou aos quatro ventos: “As CPIs têm que funcionarem, as CPIs têm que apurarem”. Mais uma vez, não se trata de censurar alguém por seus erros de português. O problema é avaliar, com todo o acesso ao conhecimento que a pessoa já tenha tido, o que está por trás da persistência naqueles erros. O beneplácito da ignorância inocente já não serve mais.O aspecto grave da questão é desconfiar que, na conduta de Lula e dos petistas, o descuido com as palavras esteja ligado a um descuido com os princípios. O ex-ministro José Dirceu, por exemplo, protestou publicamente contra o tratamento que vem recebendo da imprensa. Afirmou que suas explicações para as acusações que recebe vêm recebendo pouco destaque, às vezes nenhum, e que isto não é jornalismo. É curioso este seu zelo para com o equilíbrio da prática jornalística, considerando ser a mesma pessoa que, há poucos meses, afirmava a seus pares que “falava por cima” com os veículos A, B e C. Qual será o verdadeiro princípio do deputado José Dirceu? O que pede isenção na produção da notícia, ou o que “fala por cima” para dizer como a notícia deve ser produzida?Outro enigma é o significado pretendido por Lula quando se refere à “elite”, que supostamente o estaria perseguindo. Considerando-se que entre os principais interlocutores e aliados do presidente estão hoje o senador José Sarney, imperador do Maranhão, o deputado Delfim Netto, embaixador da Avenida Paulista, a diretoria da Fiesp e os dirigentes dos bilionários fundos de pensão, que elite petulante seria essa, capaz de ousar enfrentar a elite do próprio Lula?Eis o mistério. Mas sempre haverá a esperança de que, depois de maltratar a língua e o dinheiro público, os líderes do PT não queiram ofender a inteligência nacional.

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